terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Entre 16 e 20 anos: melhor idade para a remoção dos sisos!

Segundo especialista, se não forem acompanhados, os dentes sisos podem causar inflamações, infecções, cistos e tumores ósseos.

Os dentes Sisos, conhecidos popularmente como “dentes do juízo” ou terceiros molares, se referem aos quatro últimos dentes localizados na parte posterior da arcada dentária bilateralmente. Eles são os últimos a nascer, entre os 16 e 20 anos, mas nem todas as pessoas possuem esses dentes. De acordo com o especialista em cirurgia oral e maxilo-facial Rodrigo Marinho, isso pode acontecer por falta de espaço na arcada dental ou por estar na posição "errada" dentro do osso.
Ele explica que quando os dentes sisos ficam presos no osso da mandíbula ou simplesmente não nascem, podem ocorrer algumas complicações, como a sobreposição ou deslocamento de outros dentes, entortando as arcadas dentárias, perda dos dentes vizinhos e o desenvolvimento de cárie por causa da dificuldade para higienização. “Outra complicação muito comum é a inflamação da gengiva que cobre parte do dente semi-incluso, ou seja, que nasceu parcialmente, causando uma dor muito forte, inchaço e dificuldade de abertura da boca e mastigação”, lembrou.
Já os dentes sisos inclusos (que não nasceram), podem ser a causa de dores de cabeça e originar o aparecimento de cistos e tumores ósseos. “É muito importante que todas as pessoas, principalmente os jovens, façam uma avaliação dos dentes sisos e de suas possíveis complicações, como medida preventiva”, reforçou o especialista.
Segundo o dentista, a melhor idade para remoção dos dentes sisos é entre os 16 e 20 anos, já que nessa fase os ossos maxilares ainda não estão totalmente calcificados, facilitando a cirurgia. “Além disso, o paciente jovem apresenta as melhores condições para a recuperação do procedimento cirúrgico. Dependendo da experiência e habilidade do cirurgião os dentes sisos podem ser removidos em uma ou duas sessões”, ressaltou.
De acordo com ele, a cirurgia é relativamente simples e que a grande vantagem da remoção de todos os dentes sisos em uma única sessão é o fato de o paciente passar por somente um episódio cirúrgico e pós-operatório. “Assim diminui as chances de complicações, menor interferência nas atividades sociais e do uso de medicamentos”, disse.
Ele explica que a grande maioria das cirurgias de dentes sisos é feita sob anestesia local no consultório odontológico. Para pacientes mais ansiosos recomenda-se a utilização de sedativos (por via oral) ou mesmo sedação endovenosa ministrada por médico-anestesista e em casos extremos a cirurgia é realizada sob anestesia geral em ambiente hospitalar.
Por último, no período pós-operatório é recomendada dieta líquida/pastosa e fria, compressas geladas e analgésicos para controle do edema (inchaço) e da dor. “Com repouso relativo e medicamentos mais modernos é possível ter um pós-operatório bem confortável com mínimo de edema e incômodo”, afirmou o cirurgião.
*O assunto foi tema do jornal da Band News, na última quinta-feira, dia 22/12. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

12 dicas para curtir as festas com um sorriso no rosto

      
        Ansiosamente aguardadas, as festas de final de ano reservam ótimos momentos com os familiares, amigos e todas as pessoas queridas. Mas as confraternizações não serão as mesmas se aparecer uma companhia para lá de indesejável: o mau hálito.

     Quer aproveitar o final de 2011 e o início de 2012 com aquele hálito saudável? Confira as dicas da ABHA (Associação Brasileira de Halitose).  


     Estudos revelam que cerca de 30% da população brasileira é acometida ocasionalmente ou de forma crônica por mau hálito, ou seja, cerca de 60 milhões de pessoas. O pior é que ninguém consegue identificar sozinho que está com o problema, já que o nariz acostuma-se com o odor e deixa de percebê-lo. De acordo com a ABHA, 90% dos casos de mau hálito têm origem bucal, devido à pouca salivação, má higiene ou ainda problemas gengivais e cáries. À medida que envelhecem, as pessoas vão ficando mais suscetíveis a desenvolver mau hálito: a incidência de halitose na população brasileira é de 17% na faixa etária de zero a 12 anos, 41% de 12 a 65 anos, e 71% acima de 65 anos, devido à redução da função das glândulas salivares.

      Combater a halitose é de extrema importância, afinal além de contribuir com inúmeras doenças, o mau hálito segrega o portador, levando-o ao isolamento social e afetivo.

      Para acabar de uma vez por todas com o fantasma do mau hálito, é importante beber muita água, alimentar-se de forma saudável com intervalos não superiores a 3 horas, e, claro, não descuidar da higiene bucal. Com mais dias livres, as férias também são um ótimo período para visitar o dentista e começar o ano com os dentes mais bonitos e a autoestima lá em cima, aconselha o presidente da ABHA.

12 respostas às dúvidas comuns e dicas para manter um bom hálito:


1 – A comemoração de Natal ou Réveillon terminou tarde e não tenho disposição para passar fio dental antes de dormir, isso vai me causar mau hálito?

No dia seguinte, com certeza seu hálito vai estar mais forte, pois à noite não produzimos saliva e os restos de alimentos vão fermentar e liberar compostos que causam o mau hálito. O melhor caminho é sempre priorizar os hábitos saudáveis, mas caso tenha dormido sem a correta higienização bucal, o melhor a fazer é caprichar na limpeza dos dentes logo ao acordar, inclusive usando fio dental.

2 - Exagerei na ceia e estou com azia. Queimação estomacal significa que estou com mau hálito?

Não existe essa relação, um bom antiácido vai resolver seu problema.

3 - Após a refeição saí apressado e não escovei os dentes, um chiclete sem açúcar resolve o problema? E os enxaguantes bucais, eles também são eficazes para garantir um bom hálito?

Sim, pode mascar um chiclete sem açúcar, mas sempre com a ideia de que ao mascar você vai produzir mais saliva e o atrito do chiclete nos dentes irá promover uma limpeza, isso funciona. Mas não tente usar o chiclete como mascarador pelo aroma e sabor que ele gera na boca, pois isso só irá durar alguns minutos. O mesmo em relação ao enxaguante bucal, ele deve ser usado após a higienização, como complemento, e nunca como substituto do uso da escova, do fio dental e do raspador de língua.

4 - Meus filhos pequenos dão muito trabalho na hora de escovar o dente e passar fio dental. Posso afrouxar um pouco os cuidados durante as férias?

Os filhos imitam os pais, não relaxe na sua higienização que eles irão seguir seu exemplo.

5 - Viajei e não levei o limpador de língua. Posso resolver o problema com a escovação da língua ou com o raspador que vem para parte de trás de algumas escovas?

Pesquisas comprovam que a limpeza da língua feita com o raspador é mais eficiente, pois a parte de trás das escovas dentais pode causar maior sensação de ânsia e dificultar a correta limpeza no terço posterior da língua, bem onde começa a formação da saburra que causa o mau hálito. No caso de ter esquecido de levar o limpador, sempre compensa mais ir a uma farmácia e comprar outro.

6 - Por que é importante beber muita água para combater o mau hálito? Se eu for para um país com inverno rigoroso e neve, preciso continuar bebendo dois litros de água por dia?

Nada menos de 99% da composição da saliva é água e a saliva funciona com um detergente bucal. Então, deve-se beber água sempre, mesmo que seja no inverno. Uma dica é levar sempre uma garrafinha na mochila, no carro, na bolsa, etc. As pessoas estão acostumadas a beber água só quando estão com sede, este é um grande erro.

7 – Quais pistas podem indicar que estou com mau hálito ou prestes a desenvolver o problema?

Como quem tem mau hálito não consegue senti-lo devido a um processo chamado fadiga olfatória (o nariz se acostuma ao cheiro), pergunte para algum familiar ou a crianças, que nunca mentem. Vá em frente a um espelho e examine sua língua, observe se a saburra lingual forma-se com rapidez de um dia para o outro, examine suas amígdalas, veja se há pontos esbranquiçados nelas, estes são alguns indícios de que o seu hálito pode não estar bom.

8 – De férias e descobri que estou com mau hálito. E agora? Como faço para minimizar o problema enquanto não encontro um dentista?

Não desanime. Dedique-se a uma boa higiene bucal, com escovação, uso do fio dental e raspador de língua. Capriche na hidratação, bebendo em média dois litros de água por dia. Evite o excesso de bebidas alcoólicas e cigarro, e, claro, procure um dentista assim que possível.

9 – É verdade que pessoas idosas ou com prótese ou com aparelho nos dentes estão mais propensas a ter mau hálito? Como resolver este problema?

No caso dos idosos, devemos observar como anda a função das glândulas salivares, que podem estar comprometidas devido a uso de medicamentos que diminuem a salivação. Em relação a próteses móveis, elas devem sempre ser bem higienizadas após as refeições e estar bem adaptadas, e isso só o dentista pode avaliar. Já quem usa aparelho ortodôntico precisa reforçar a higienização e ficar atento, pois o aparelho causa uma descamação na mucosa bucal e isso pode alterar o hálito.

10 – Sinto a boca seca constantemente. Se eu mantiver um copo de água ou outra bebida ao meu lado, evito o mau hálito?

Depende, ao beber em média dois litros de água por dia, é possível até obter uma melhora neste quadro e evitar o mau hálito. Mas é sempre bom consultar o dentista para ver como anda a saúde bucal e descobrir o que está causando a boca seca.

11 – Que alimentos e bebidas em excesso podem provocar mau hálito? E quais irão me ajudar a manter um hálito refrescante?

Os alimentos ricos em proteínas podem causar mais alteração no hálito. Tente fazer uma alimentação balanceada, tudo em excesso é prejudicial. Cuidado com as bebidas que contêm álcool, elas descamam a mucosa. Abuse das frutas cítricas, que estimulam a salivação eliminando a sensação de boca seca.

12 - Tenho um amigo com mau hálito, qual a melhor forma de alertá-lo?

Para ajudar a alertar as pessoas sobre o problema da halitose, a ABHA mantém em seu site o SOS Mau Hálito, serviço que através de e-mail ou carta avisa sobre alteração no hálito sem nunca revelar o nome da pessoa que solicitou o envio do alerta.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Estou com infecção dentária, e agora?

        
       Quando o dente sofre uma infecção e há contaminação da polpa (vasos e nervos), muitas vezes poderão ser atingidas regiões além da raiz, como osso e tecidos de sustentação do dente. Normalmente, um tratamento de canal cura a infecção e até mesmo uma lesão apical que tenha se formado. Mas nem sempre ocorre assim, principalmente lesões crônicas que afetam o dente há muito tempo. Estas podem exigir uma intervenção cirúrgica para sua remoção. Com o sucesso da cirurgia, o osso que foi destruído se recompõe no processo de cura e o dente volta ao normal cumprindo sua função. A cirurgia apical não é difícil.
  
        Já o implante dental é um procedimento mais radical, com remoção da raiz e colocação de uma estrutura metálica no osso e depois uma coroa protética. A principal indicação é para reparação de dentes já perdidos ou que já estejam condenados a extração. O procedimento é mais demorado, além de ser de custo mais elevado.

        Temos que ter em mente que nada substitui um dente natural, seja do ponto de vista funcional ou estético. Por mais avançados que estejam os materiais odontológicos, sempre será uma prótese, e o aspecto natural dos dentes é um dos pontos mais importantes na manutenção de um sorriso.